Greves do S.TO.P em Moldes Diferentes A Partir de 16 de abril

No dia 18 de março de 2023, aconteceu o Encontro Nacional de Comissões Sindicais e de Greve da Educação do S.TO.P e foram aprovadas diversas propostas para continuar a maior luta de sempre na área da educação no país.

Em comunicado o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.) anunciou que, apesar dos serviços mínimos implementados pelo governo, irá manter a Greve Nacional por tempo indeterminado até o dia 16 de abril. A decisão foi tomada para permitir que outros colegas possam realizar ações de luta, contando com os pré-avisos de greve já emitidos pelo sindicato.

O S.TO.P. afirmou que o governo está a conseguir praticamente destruir a greve com os serviços mínimos, mas que irá manter a pressão sobre o governo. O sindicato planeia testar diferentes tipos de greve, como greve por escola numa manhã e/ou 1 dia contra falta de condições nas escolas, violência/indisciplina, amianto escolar, ensino especial, escolas com falta de Profissionais da Educação, entre outras questões, ou ainda greve nacional/regional de 1, ou mais dias.

"Face ao facto de o governo estar a conseguir praticamente destruir a nossa greve com os serviços mínimos, manteríamos a greve nacional por tempo indeterminado apenas até ao dia 16 abril (para permitir ações de luta de colegas que contam com estes nossos pré-avisos de greve). O S.TO.P. irá depois testar greves diferentes, por exemplo greve por escola numa manhã e/ou 1 dia contra falta de condições nas escolas, violência/indisciplina, amianto escolar, ensino especial, escolas com falta de Profissionais da Educação, etc e/ou greve nacional/regional de 1 ou mais dias; "

O objetivo é que, mesmo com os serviços mínimos, os professores possam manifestar a sua indignação e exigir melhores condições de trabalho. O S.TO.P. reforça que a luta não é apenas pelos direitos dos professores, mas também pela qualidade da educação em Portugal.

O S.TO.P. convida todos os professores a juntarem-se à greve e a participarem das ações de luta previstas. O sindicato pretende mostrar ao governo que não irá desistir facilmente e que a luta por uma educação de qualidade é uma prioridade.


Outras Propostas

Entre as propostas aprovadas, destacam-se as formas de luta locais e regionais. Os participantes do encontro sugeriram que se continuasse com acampamentos, vigílias, marchas e protestos à frente de escolas, em pontes, e em locais que envergonhem o Estado Português, como a receção de turistas, onde cartazes e/ou comunicados em várias línguas possam ser exibidos. Os profissionais de educação também foram incentivados a denunciar individualmente as injustiças que sofrem, expondo as suas reivindicações em carros, camisolas, nos gradeamentos das escolas, entre outros meios. Além disso, foi sugerido que se levasse a defesa da escola pública para as Assembleias Municipais e que se solicitasse uma reunião com a Associação Nacional dos Municípios.

Outra proposta aprovada foi o fim da utilização de computadores pessoais e de internet privada para acessar as plataformas do sistema. Além disso, foi decidido que todos os profissionais da educação devem abandonar a utilização de carros próprios para todas as deslocações em serviço.

Por fim, os profissionais da educação querem transformar a manifestação do 25 de abril em Lisboa na maior do século. O mote será "SÓ NÃO HÁ DINHEIRO PARA QUEM TRABALHA!", e a ideia é unir toda a sociedade civil que sente a degradação dos serviços públicos e a perda de poder de compra, como profissionais da educação, profissionais da saúde, trabalhadores da justiça, trabalhadores do público e do privado, entre outros.

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