
Hoje só há uma certeza: é preciso achatar a curva de infetados e mortos por covid-19. Todos os esforços devem ser feitos nesse sentido. Dos transportes públicos ao teletrabalho, dos restaurantes às escolas. Não queremos perder mais portugueses para a morgue por causa da pandemia e da nova variante importada do Reino Unido. Um país onde falta população, e sobretudo população jovem, não pode dar-se ao luxo de continuar a perder pessoas ao ritmo a que está a acontecer, desde março do ano passado, catástrofe que se agudizou depois do Natal.
Perder aulas presenciais, formação, educação e socialização entre os jovens é mau? Sim, é péssimo. Mas perder a saúde ou perder a vida e fazer que os pais e os avós possam também ver a vida em risco seria bem pior. Hoje a cada seis segundos um português é infetado.
O que as famílias têm muita dificuldade em entender é por que razão não se repete a experiência do ensino online. Mesmo correndo o risco de alguma desigualdade social - porque nem todas as crianças têm computadores, apesar das promessas do governo -, no primeiro confinamento o ensino à distância funcionou e também aconteceu de um dia para o outro. Quem não tinha computador acompanhou pela RTP, que fez um trabalho extraordinário e emitiu uma espécie de tele-escola dos tempos modernos. Professores e alunos adaptaram-se, ajustaram-se e conseguiram. Hoje não seria preciso reinventar a roda nem começar do zero, bastaria repetir a receita que correu bem em março e que ajudou crianças, adolescentes, jovens adultos e famílias a manter (parte) das suas vidas e o ensino. Tal como na saúde, na educação também não havia um plano B preparado? Parece que não.
Nesta semana o governo anunciou que iriam começar os testes massivos nas escolas. Já agora, a esses testes anunciados que uso lhes será dado? Os alunos deixarão de ser testados, podendo agora levar para casa o vírus, sem o saberem? As perguntas dos portugueses são muitas. Respostas precisam-se!
Fonte: Qual é o plano B na educação e na saúde? - DN
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