Confirmadas Provas de Aferição e Do 9º Ano Em Computador. Alunos Do Secundário Vão Experimentar Primeiro
Tal como já aconteceu no ano letivo passado, as provas de aferição, incluindo as que são feitas pelos alunos do 2º ano e que suscitaram mais dúvidas por se tratar de crianças que ainda estão a aprender a dominar a escrita, vão voltar a ser feitas em computador. E aos estudantes do 2º, 5º e 8º anos que realizam estes testes, que não contam para a nota final, juntam-se em 2024 os colegas do 9º ano e os exames nacionais do final do ensino básico.
A confirmação é feita pelo ministro da Educação ao Expresso, que garante haver condições para se avançar também para os exames nacionais, com peso na classificação final dos alunos e que obedecem a regras mais formais para a sua realização em sala de aula.
No caso das provas de aferição do 2º ano e apesar de alguns receios manifestados por pais e professores de que os alunos poderiam atrapalhar-se mais por estarem a escrever no teclado do computador do que com uma caneta em papel, o ministro João Costa revela que não foi detetado nenhum efeito sobre os resultados pelo facto de as provas terem sido feitas em formato digital.
A análise foi pedida pelo Ministério da Educação e feita pelo Instituto de Avaliação Educativa (responsável pela aplicação de todas os testes nacionais e internacionais) e mostrou não terem sido encontrados “efeitos de modo” nem entre provas, nem entre itens, explica João Costa. Ou seja, não foi pelo facto de as provas de aferição terem sido todas realizadas em formato digital que houve alterações nos resultados.
Já em relação aos exames nacionais do 9º ano a Matemática e Português, o responsável também garante haver todas as condições técnicas para se avançar com a desmaterialização generalizada das provas.
A medida foi testada por algumas turmas e escolas no ano passado e é agora universalizada: “Além das verbas que temos para investimento no parque informático das escolas, pedimos ao IAVE que explicitasse junto das escolas as várias formas em que os testes em computador podem ser realizados – em modo offline, por exemplo – e que fazem diminuir os riscos de algum constrangimento técnico. E os alunos já estão familiarizados com as provas em computador, pois realizaram a aferição dessa forma no 8º ano”, reforça.
TESTES NO SECUNDÁRIO
Quanto aos exames nacionais do secundário, cuja importância é ainda maior para o percurso dos alunos já que servem de provas de acesso ao ensino superior, João Costa explica que durante este ano letivo vão ser disponibilizadas a todas as escolas provas modelo e perguntas a realizar em computador.
A ideia inicial seria realizar uma experiência piloto com algumas escolas e turmas, mas o Ministério optou por um modelo diferente, em que todos os alunos vão poder familiarizar-se com o que serão as futuras provas digitais e as plataformas onde vão ser realizados. Estes testes permitirão igualmente ao IAVE perceber os ajustes que serão necessários, por exemplo, no tempo de resposta de cada item.
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