Cerca de 200 alunos dormem em escolas pelo ″fim ao fóssil″. Há aulas interrompidas (jn.pt)
Cerca de 200 estudantes estão a ocupar escolas e faculdades, em Lisboa, para exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar. Na Escola António Arroio, devido às ações de protesto, os alunos estão sem aulas esta quinta-feira. No recinto da escola, ouvem-se ainda cânticos reivindicativos. Os ativistas prometem ocupar os espaços de ensino "até vencer".
Sob o lema "Fim ao Fóssil - Ocupa!", o movimento está a ocupar a Escola Secundária António Arroio e o Liceu Camões, bem como a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior Técnico. No total, a ação conta com cerca de 500 estudantes envolvidos. Cerca de 200 estão a pernoitar nos estabelecimentos de ensino. Esta quinta-feira, cumpre-se o quarto dia de ocupação, numa semana marcada ainda pelo arranque da 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27).
"Reivindicamos que o Governo decrete o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e o fim aos fósseis no Governo, a começar pela demissão imediata do ministro da Economia e do Mar. Não só pelo que fez enquanto CEO da Partex. Enquanto ministro, já disse coisas que vão contra a lei de bases do clima. Em maio deste ano, caso as empresas tivessem interesse em voltar a fazer furos de gás na costa Algarvia, Costa e Silva disse que teria todo o interesse em negociar. Isto vai contra a lei de bases do clima", referiu Alice Gato, ativista da Greve Climática Estudantil e uma das porta-vozes do movimento.
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