
Hipermercado está a cancelar encomendas de livros esgotados. Editoras abasteceram 90% do mercado.
O hipermercado Continente está a devolver a alguns clientes os "vouchers" e o respetivo pagamento dos manuais escolares que estão esgotados. Fonte da Sonae MC confirmou ao JN que "o número de livros sem stock é residual". E que a empresa optou por devolver o valor dos manuais indisponíveis e libertação dos respetivos "vouchers" "para nova utilização. Há mais queixas de atrasos na entrega de livros.
Na opinião da cliente, o procedimento adotado é pouco claro, pois não é sequer indicado se a decisão abrange mais do que um dos livros encomendados, nem qual o estado da encomenda dos restantes. "Não sabemos de quantos manuais estamos a falar. A devolução dos "vouchers" implica voltar ao ponto zero o que é inadmissível", critica Susana Martins, que encomendou os manuais do 7.º e do 12.º ano por esta via.
Do que conseguiu perceber, no site da instituição, será apenas um livro, de Físico-Química do 7.º ano que foi retirado da encomenda. Ali o seu estado aparece como "cancelado" enquanto os restantes estão "a aguardar stock". No entanto, prossegue, "se o livro está descontinuado pela editora, deve-se avisar a escola para ser adotado outro manual". Por parte da empresa não houve ainda confirmação oficial à mãe que se trata efetivamente daquele manual.
Acelerar a entrega
Segundo a Sonae MC, a decisão deve-se ao objetivo de "acelerar a entrega de manuais escolares aos clientes, face ao timing de arranque das aulas [que começaram esta semana] e às limitações de stock no mercado". Por isso, a opção foi de enviar as encomendas parcialmente completas. No entanto manteve a totalidade das encomendas aos editores e, quando receber os livros em falta, voltará a contactar os clientes para saber se continuam interessados na sua aquisição.
Na quarta-feira, a Comissão do Livro Escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) garantiu que o abastecimento do mercado já ultrapassou os 90% e que o processo de distribuição "ficará completo nos próximos dias". Em comunicado, a APEL frisa que os livreiros recorreram a várias gráficas portuguesas para ajudar o setor num período de crise.
Fonte: JN
Enviar um comentário