Pais denunciam falta de equidade nos apoios da Educação Especial (jn.pt)
Lourenço Santos recolheu mais de 40 testemunhos para "provar" que há alunos com deficiências discriminados nos apoios e até agredidos nas escolas. A secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes ter-lhe-á admitido avançar com a criação de uma task-force, integrando membros da Segurança Social e Educação, para resolver os problemas denunciados. Mas o Movimento por uma Inclusão Efetiva quer mais: exige fiscalização e a revisão da lei. Amanhã, a ministra Ana Mendes Godinho será ouvida na comissão e está agendada uma manifestação em frente ao Parlamento.
"A ideia era provar-lhe que não existe inclusão apesar da letra da lei. E que as queixas dos pais caem em saco roto", frisou ao JN. O filho de Lourenço Santos, de 7 anos, tem síndrome de Decipher. A "excessiva burocracia" e falta de recursos especializados nas escolas públicas levaram-no a criar o movimento. Defende que existindo uma secretaria de Estado da Inclusão os apoios de Saúde, Educação ou Segurança Social deviam ser acionados de forma célere após a sinalização da criança. E garante que há "discrepâncias" nos apoios para transportes, refeições ou frequência de ATL.
"Há quem receba todos os apoios e quem não receba nada", garante, frisando que esses subsídios não podem depender de interpretações da lei. Já os apoios atribuídos para terapias "são insuficientes" e quando uma família consegue pagar sessões privadas "tem de o esconder" para não perder o apoio estatal. "O superior interesse da criança devia ser prioritário", insiste.
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