Estudantes do secundário protestam no Porto e pedem mais segurança
Alunos de várias escolas do Porto, pertencentes ao "Movimento É Agora!" protestaram ao final da tarde desta sexta-feira em frente à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares da Região Norte (DGEsTE).
Os alunos manifestaram-se contra o desinvestimento na escola pública acentuado com a pandemia da covid-19, a falta de professores e de auxiliares.
"O subfinanciamento no ensino público nas últimas décadas tem vindo a criar fragilidades tremendas e este ano os problemas acentuaram-se com a pandemia", explica Afonso Beirão, aluno da Escola Secundária Aurélia de Sousa e membro do Movimento É Agora!, que no próximo dia 16 vai realizar nova manifestação junto ao Ministério da Educação, em Lisboa.
O movimento fala em "cinco mil auxiliares da ação educativa que ficaram por colocar em todo país". "O resultado é que as escolas não conseguem fazer a desinfeção necessária das salas de aula e sanitários", pormenoriza. Um cenário que, na opinião de Afonso Beirão, é "preocupante por colocar em causa a segurança dos estudantes".
Embora defenda um ensino presencial, por o realizado à distância constituir uma barreira socioeconómica no acesso ao Ensino Superior, o É Agora! diz que a falta de professores está a "empurrar estudantes para turmas sobrelotadas e com mais de 27 alunos em salas pequenas".
O movimento alerta ainda para outras situações que colocam em causa a saúde, como a falta de climatização das salas, a necessidade de obras em estabelecimentos e a falta de sabonete e papel nas casas de banho.
Alerta também para a falta de psicólogos nos agrupamentos, que não conseguem dar resposta às necessidades atuais, num quadro em que as doenças mentais triplicaram desde o confinamento.
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